quinta-feira, 12 de março de 2009

99 - Viagem ao Mapuá, 9º dia

Segunda-Feira, 9 de março,

Reabastecendo o espírito


Dia nublado, a roupa lavada não seca de jeito nenhum, se colocamos na parte superior do barco, daqui a pouco e vem a chuva e temos que correr para retirá-la. É bem difícil secar rouba em pouco espaço, sem sol e com mais três companheiros de viagem com a mesma necessidade.
9 horas da manhã a comunidade de Santa Rita do Japixáua já se reunia na sua barraca, a capela não esta pronta, as obras estão paradas e a situação se arrasta assim por 4 anos.
Durante a palestra também acabei por saber que no ultimo ano não teve catequese no local, é certo que a comunidade é pequena, são 9 famílias, mas tendo crianças na comunidade não se justifica a falta de catequese, isso demonstra o quanto a comunidade está desestruturada, e se não vierem mudanças, a ordem do Pároco é para que se feche a comunidade. Saímos dali com o compromisso de mudanças da parte dos dirigentes e dos comunitários.
A coordenação dessa parte do setor simplesmente não existe bem diferente quanto a outra área do setor, nessa o Sr Antonio Idoino cuida de orientar e mantém uma visita constante a cada comunidade, assim as comunidades são mais organizadas. Nessa parte do Rio Japixáua não há entendimento, as comunidades vivem isoladas, não à coordenação, por isso, Frei Ronaldo solicitou a Antonio Idoino para assumir a coordenação dessa área também, esperando que assim as coisas melhorem para todas as comunidades. Combinado com Sr Antonio que na quinta-feira, dia 12 ele o entregaria uma carta em Breves comunicando a todas as comunidades da área essa decisão.
Celebramos por volta das 11 horas, tivemos o batizado de 2 meninas e terminada a Missa fomos almoçar na casa do Valdenor, dirigente da comunidade.
Em seguida partimos para a comunidade Perpétuo Socorro, onde faríamos a visita da tarde.


Ainda não tinha visto uma comunidade tão alegre e festiva quanto essa do Perpétuo Socorro do Japixáua. Não era grande, porém foram muitas pistolas (rojões) para saudar a aproximação do Santo Ezequiel Moreno. Também cantavam musicas alegres de acolhida com palmas e instrumentos de percussão. Logo buscaram a imagem de Sant’Ana no barco e no mesmo ritmo já saudavam a padroeira com seu canto próprio. E assim foi por toda à tarde. Foi ótimo palestrar ali e também fazer a reflexão do evangelho durante a missa, o povo nos dava o entusiasmo para continuar.
Não é fácil depois de tantos dias praticamente repetindo a mensagem e com a garganta inflamada, manter o mesmo entusiasmo dos primeiros dias, porém é sempre importante lembrar que para quem nos recebe é o único dia, não tem mais dias, é a única chance no ano de receber o sacerdote, de celebrar uma Missa e de ouvir orientações da paróquia que quase nunca chegam aqui bem claras através de seus dirigentes.
Durante a Santa Missa foram batizadas 5 crianças, 3 receberam a Primeira Eucaristia.
Perpétuo Socorro do Japixáua foi como um posto para reabastecimento, assim podemos cumprir os outros dois dias de missão bem mais animados.
Depois do jantar pernoitamos por ali mesmo a fim de seguir para o Aramã na manhã seguinte.





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