sexta-feira, 4 de abril de 2008

28 - Entrevista

"Cristo, conceda-nos conseguir comunicar teu amor e anunciar tua divindade pelo exemplo de nossa vida e de nossas obras." (Padre Pio de Pietrelcina)


Sexta-feira, 04 de abril de 2008. Hoje Fábio, Jornalista e membro do projeto Amazônia me solicitou uma entrevista, gostaria de partilhar com vocês:

Fábio:

Beto, tão perto do envio, um estado inteiro se movimenta para lhe enviar, dá frio na barriga ou alegria missionária?

Beto Bernardi:

Na verdade acho que nunca estive tão tranqüilo, não tenho frio na barriga nesse momento, pois a certeza de que fomos escolhidos para a missão nos foi dada durante a semana santa quando nos reunimos em Três Pontas MG para um período de convivência.


Fábio:

E como foi esse tempo de convivência? Deu para experimentar a fraternidade?


Beto Bernardi:

Foi algo fora do comum, fomos muito bem acolhidos pela paróquia, participamos de todas as celebrações da semana santa, convivemos com os padres, partilhamos muito com eles e também entre nós, rezamos juntos e tratamos de todos os assuntos que uma família pode tratar.

Pela primeira vez nos sentimos como uma família de verdade, já que vamos morar juntos, foi uma sensação maravilhosa essa convivência.


Fábio:

Fazer enxoval, mudar para um lugar onde as estradas são rios, de onde vem a força missionária?


Beto Bernardi:

Creio que da resposta que devemos dar a cada momento, se somos nós que nos colocamos a disposição de Jesus e dizemos para que Ele faça em nós a Sua vontade, então, quem somos nós para questionar o chamado? Nossa força está nesse Deus que nos chama e dá coragem para seguir.


Fábio:

E a família?



Beto Bernardi:

A minha família sempre tem na consciência de que eu não pertenço a esse lugar, a essa casa, portanto, se um dia eu aviso que estou partindo, ninguém chega a estranhar.

Apesar de não estarem ligados a igreja como eu estou, todos sabem que minha vocação é de vida comunitária, sempre fui ativos nas comunidades onde vivi, sempre servindo na necessidade do local.

Então, nada de estranho para eles, talvez uma surpresa por ir a um lugar tão distante, mas se adaptam rápido a nova realidade.


Fábio:

e a sua missa de envio, o contato com bispo, como está sendo ?



Beto Bernardi:

São dois padres com os quais tenho uma ligação direta, duas igrejas das quais eu participo. uma é minha paróquia, meu pároco já está muito ciente do fato, me incentivou e espera que escolhamos uBma das missas da Matriz para fazer a celebração de envio. Tem uma bela pregação sobre missões e suas palavras para mim foram: “Ninguém vai numa missão no próprio nome, portanto faremos uma bela missa de envio para você e divulgaremos o projeto.”

O meu outro padre é do Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, , também fará uma missa de envio, confia muito no meu trabalho, principalmente no que diz respeito a formação

Nosso arcebispo está ciente, porém estamos aguardando ele voltar da Conferencia em Itaici no dia 18 para marcarmos uma audiência formal. Penso que é importante que se faça dessa forma, a informalidade nesses casos não da crédito ao projeto.


Fábio:

voltando a convivência. Duas paranaenses um mineiro e um capixaba, como está o quarteto? O que você achou de mais rico e mais não digo difícil? Quais são os desafios da vida comunitária, pelo que vocês viveram na semana santa?



Beto Bernardi:

Nós estamos cientes de que morar sob o mesmo teto requer muita paciência e prudência, muita negação de si mesmo para que se possa ouvir e aceitar as limitações do outro.

Ainda em Brasília, Deus nos colocava no coração a necessidade de passarmos uns dias juntos, os quatro, exatamente para vivenciarmos um pouco do que virá.

A escolha da semana santa foi óbvia por abranger um maior numero de dias de feriado e por ter sua própria espiritualidade.

O que não nos era óbvio, porém fantástico, foi a atmosfera do lugar escolhido por Deus para esse encontro, Três Pontas em Minas Gerais, terra do Digão, terra de um povo extremamente católico, que vive a semana santa como só o povo de Deus residente no interior a vive.

Terra de grande devoção ao padre Victor, onde o turismo religioso nos encantou.

Terra de padres santos, que tem uma bela pregação e muito pé no chão

terra de irmãs carmelitas descalças, que vivem recolhidas na intercessão pelo povo de Deus e nos acolheram de forma muito carinhosa

Terra também de amigos que fizemos em tão pouco tempo e nos deixou uma imensa vontade de voltar para lá no futuro sentimo-nos em casa verdadeiramente.

Os quatro indicados para o Projeto Amazônia, Missão Marajó, são complementos uns dos outros, nos impressiona como nós somos dependentes uns dos outros, cada um tem sua limitação e outro cobre essa carência. isso nos encanta verdadeiramente

Creio que Deus foi bondoso de mesclar experiência e juventude na mesma casa, talvez nós, homens não tivéssemos essa idéia, mas isso já estava planejado no coração de Deus muito antes de nós nos colocarmos a disposição dele

não há como questionar a sabedoria divina, isso é perfeição no seu projeto

que saibamos nós retribuir o que Ele nos deu



Fábio:

Quando o povo ler essa entrevista o que você gostaria de dizer a mais para cada um deles?



Beto Bernardi:

Que cada um viva a sua missão onde Deus lhe confiou, seja na sua casa, na sua comunidade, no norte ou sul do pais, em países distantes... Que estejam atentos ao chamado de Deus, pois quando nos colocamos a Sua disposição Ele nos convoca para o seu exército e nossa resposta tem que ser como a de Maria: Faça-se em mim segundo a Vossa vontade.


Um comentário:

Unknown disse...

Meu querido urcinho amigo...

Deus e Maria os abençoe, nesta missão pois lhes trarão grandes riquezas espirituais, e com certeza estarão mais proximos a Deus.

Beijos