Apresentação
No ano de 2008, nosso
primeiro ano de missão no Marajó, eu falava para a missionária Virtes Romani, “um dia eu vou escrever a história de suas
missões em Rondônia e Roraima, porque nosso povo precisa saber disso”. Ela
não me levava a sério, pois não acreditava ser exemplo para os outros.
Em meados de 2012, eu
já fora da missão e ela coordenando a casa de Missão da Renovação Carismática Católica
na cidade de Afuá, foi ela quem retomou esse assunto, Deus havia tocado em seu
coração, era necessário contar aos outros nossa história no Marajó, mas isso
começava lá atrás, há 20 anos, quando sentiu seu chamado para a missão em
Rondônia.
Aceitei o desafio e
comecei a organizar em textos aquilo que ela me repassava de suas memórias,
começando na sua pequena Céu Azul, indo para Guajará-mirim, sua necessidade de
retornar a casa paterna e sua vida difícil em Boa Vista. O drama da perda de um
ente querido e o chamado de um profeta para viver a missão sobre as águas do
Marajó, local onde juntos pudemos vivenciar as promessas de Deus sendo
cumpridas, simplesmente por obedecer a voz do pastor que dizia, “Não amarrem a ação do Espírito Santo”.
Mesmo desconfiando e crendo que devíamos planejar mais, na obediência
alcançamos algo impensável para um grupo de leigos, realizar os sonhos de Deus
para os pobres do Marajó.
Para mim, foi uma honra
poder organizar esse livro, contar algumas poucas coisas da vida missionária
dessa paranaense com sangue amazônida, com esse escrito poder contribuir coma
formação de novos missionários da Renovação Carismática Católica e,
principalmente, com missionários marajoaras para nosso amado Marajó.
Por fim, agradecer ao
nosso grande pastor e mestre, Dom José Luis Azcona, que nos brinda com o
prefácio do livro “Minha Vida em Missão”, sem esse profeta de nossos tempos, não nos
seria possível fazer nada por aquele povo marajoara tão amado por Deus, mas tão
abandonado pelo poder público.
Peço a Deus que derrame
uma benção muito especial sobre cada leitor dessa obra, desejo que seus
corações sejam tocados, como foram os nossos, e se inflamem do mais puro ardor
missionário.
Beto
Bernardi
Missionário
da Renovação Carismática Católica
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