sexta-feira, 13 de abril de 2012

Missa de 25 anos de Sagração Episcopal de Dom José Luis Azcona

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Dia 11 de Abril de 2012, dia em o povo de Deus do marajó se reuniu para comemorar os 25 anos de Sagração Episcopal de Dom José Luis Azcona Hermoso, bispo do Marajó.


O dia de sua sagração é 5 de abril, a celebração foi mudada para dia 11 em função da Semana Santa.


Soure estava em festa, a tarde reunimo-nos na Casa de Retiro Betânia para um almoço em homenagem ao nosso bispo, ali presente muitos padres, religiosas  missionários.


A tarde, o próprio bispo levou os visitantes para um passeio turístico pela cidade de Soure e a noite foi o grande momento, a Missa em Ação de Graças pelos jubileu de dom José Luis.











Ele mesmo celebrou e eram cerca de dois mil os participantes que lotaram a quadra do Centro Comunitário de Soure.


Após uma belíssima procissão de entrada e a música "Vamos Cantar Marajó" Dom José Luis Azcona saudou o seu povo e passou a palavra para Padre José Antonio, Vigário Geral da Prelazia do Marajó, que se encarregou de apresentar os presentes, destacamos alguns que vieram celebrar com nosso bispo.

Dom Alberto Taveira (Arcebispo Metropolitano de Belém), Dom Teodoro Tavares, (Bispo auxiliar de Belém), Dom Zico (Arcebispo Emérito de Belém), Dom Jesus Sizalvi (Bispo de Cametá e presidente do Regional Norte II), Dom Alécio Sacato (Bispo de Ponta de Pedras.


Padre Donizeti (Canção Nova), Padre Pedro (Obra de Maria), Padre Manuel Nunes (Reitor do Seminário Maior), Padre José Antonio (Reitor do Seminário Menor), Padre Antonio Neto (Promotor Vocacional), Frei João Antonio (Pároco em Queluz), Frei Alessandro (Pároco em Soure), Frei Edson (Vigário em Portel), Padre Tadeu (Pároco em Melgaço), Frei Gabriel (Pároco da Paróquia de Sant'Ana de Breves), Frei Zezinho (Vigário da Paróquia de Sant'Ana de Breves), Padre Élcio (Pároco da Paróquia São José e Santa Teresinha de Breves), Padre Cleiton (Vigário da Paróquia São José e Santa Teresinha de Breves), Padre Casimiro (Pároco em Bagre), Padre Dirceu (Igreja Irmã de Itabira e Cel. Fabriciano), Padre Adenilson (Pároco em Anajás), Padre Remi (Vigário em Anajás), Padre Silvio (Pároco em Afuá), Padre Glauciney (Pároco em Chaves) e Padre José Otávio (Pároco em Soure).



As casas religiosas e missionárias também estavam representadas e foram acolhidas, Irmãs  da Caridade de santana, Irmãs de Notre Dame, Irmãs Agostinianas Missionárias, Filhas da Divina Graça, Comunidade Obra de Maria, Comunidade Shalon, Comunidade Nova Aliança, Comunidade Ágape da Cruz, Missão Marajó.


Seminaristas da Prelazia do Marajó, representantes da CNBB Regional Norte II e autoridades civis também foram citados.


Toda a celebração foi enriquecida pelas apresentações de dança do Regional Cruzeirinho que, com seu carimbó, ajuda a perpetuar a cultura marajoara em nosso meio.


Em sua homilia, Dom José Luis agradeceu a Deus por ser Agostiniano Recoleto, citou seus antecessores Dom Afonso e Dom Aquílio, citou também os freis Agostinianos Recoletos que literalmente deram a vida pela evangelização do Marajó, sendo que dois deles estão ali sepultados em Soure, falecidos devido a afogamento durante trabalhos de evangelização no Rio Paracauary.


Trechos fortes de sua homilia ficarão gravados em nosso corações e nossas mentes por muito tempo. em um momento ele dizia com voz suave: "Eu não entendo nada de politica, eu não entendo nada de economia, eu não sei nada de organização social. Mas, se me deixo guiar pelo Espírito santo, faço grandes coisas..."
Imagem do Congresso Carismático em 1987


Falando sobre o sacerdócio seu e de seus irmãos, ele dizia relembrar durante a semana as palavras de Jesus no mente das oliveiras quando ele orava, "Pai, consagra-os na verdade".. E dizia, "A Palavra é a Verdade, Cristo é a Palavra, a Verdade é Cristo. Sacerdote, consagra-te a Cristo Jesus em todo seu sacerdócio. Não há sacerdócio fora da Palavra, fora da Verdade, Fora de Cristo Crucificado".


E acrescentou:
"A Condição de Sacerdote e Bispo não pode ser compreendida se não for pela morte de Jesus"


Por fim, testemunhou os seus 27 anos de Marajó, 25 de bispo, falou sobre suas lutas e lembrou daqueles que fazem parte dessa história.


A Santa Missa segui com seu rito com as danças homenageando o bispo e também a Nossa Senhora de Nazaré padroeira de toda a amazônia.


Ao final, Dom Alberto Taveira falou sobre a pessoa de Dom José Luis, e também Dom Jesus, em nome do Regional Norte II se manifestou, os dois ressaltaram as virtudes do homem José Luis que é um amigo que sobretudo os leva a crer mais em Deus e serem homens de oração.
Após cantarmos o parabéns, encerramos a Santa Missa ao som de "Igreja Marajoara" e muitos correram para abraçar o bispo.


Após a Santa Missa um coquetel, danças típicas, vídeo com a biografia do homenageado.


Deus abençoe Dom José Luis Azcona, não apenas um bispo, um Profeta de Nossos Tempos.




Viva!!! Viva!!!


quarta-feira, 4 de abril de 2012

As Sete Palavras de Jesus na Cruz


As Sete Palavras de Jesus na Cruz



De pé, junto a Cruz, Maria, pervadida de angústia e de dores, ouvia de seu Divino Filho as últimas palavras.

Afirma São Tomás que "o último na ação é o primeiro na intenção". Pelos derradeiros atos e disposições de alma de quem transpõe os umbrais da eternidade, chegamos a compreender bem qual foi o rumo que norteou sua existência. No caso de Jesus, não só na morte de cruz, mas também, de forma especial, em suas última palavras, vemos os sentido mais profundo de sua Encarnação. 

Nelas encontramos uma rutilante síntese de sua vida: constante e elevada oração ao Pai, apostolado através da pregação, conduta exemplar, milagres e perdão.

A cruz foi o divino pedestal eleito por Jesus para proclamar suas últimas súplicas e decretos. No alto do Calvário se esclareceram todos os seus gestos, atitudes e pregações. Maria também compreendeu ali, com profundidade, sua missão de mãe.
Jesus é a Caridade. A perfeição dessa virtude, nós a encontramos nas "Sete Palavras". As três primeiras tem em vista os outros (inimigos, amigos e familiares); as demais, a Si próprio.

Primeira Palavra: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23, 34)

Pai - É o mais suave título de Deus. Nessa hora extrema, Jesus bem poderia invocá-Lo chamando-O Deus. Percebe-se, entretanto, claramente a intenção do Redentor: quis afastar, dos fautores daquele crime, a divina severidade do Juiz Supremo, interpondo a misericórdia de sua paternalidade. Chega-se a entrever a força de seu argumento: se o Filho, vítima do crime, perdoa por que não o fazeis também a Vós?

É a primeira "palavra" que os divinos lábios d'Ele pronunciam na cruz, e nela já encontramos o perdão. Perdão pelos que Lhe infligiram diretamente seu martírio. Perdão que abarca também todos os outros culpados: os pecadores. Nesse momento, portanto, Jesus pediu ao Pai também por mim.

Embora não houvesse fundamento para escusar o desvario e ingratidão do povo, a sanha dos algozes, a inveja e ódio dos príncipes e dos sacerdotes, etc., tão infinita foi a Caridade de Jesus que Ele argumenta com o Pai: "porque não sabem o que fazem."

A ausência absoluta de ressentimento faz descer do alto da cruz a luminosidade harmoniosa e até afetuosa do amor ao próximo como a si mesmo. Ouvindo essa súplica, chegamos a entender quanta insenção de ânimo havia em Jesus na ocasião em que expulsou os vendilhões do Templo: era, de fato, o puro zelo pela casa de seu Pai.

Segunda Palavra: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso (Lc 23, 43)

A cena não podia ser mais pungente. Jesus se encontra entre dois ladrões. Um deles faz jus à afirmação da Escritura: "Um abismo atrai outro abismo (SL 41,8). Blasfema contra Jesus, dizendo: "Se és Cristo, salva-te a ti mesmo, e salva-nos a nós" (Lc 23, 39).

Enquanto esse ladrão ofende, o outro louva Jesus e admoesta seu companheiro, dizendo: "Nem sequer temes a Deus, tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas este não fez mal algum" (Lc 23, 40-41).

São palavras inspiradas, nas quais transparecem a santa correção fraterna, o reconhecimento da inocência de Cristo, a confissão arrependida dos crimes cometidos. São virtudes que lhe preparam a alma para uma ousada súplica: "Senhor, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!" (Lc. 23, 42).

Ao referir-se a Jesus enquanto "Senhor", o bom ladrão professa sua condição de escravo e reconhece-O como Redentor. O "lembra-te de mim" é afirmativo, não tem nenhum sentido condicional, pois sua confiança é plena e inabalável. Compreende a superioridade da vida eterna sobre a terrena, para o mau ladrão, constitui um delírio: o afastamento da morte, a recuperação da saúde e da integridade.

O bom ladrão confessa publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo, ao contrário até mesmo de São Pedro, que havia três vezes negado o Senhor. Tal gesto lhe fez merecer de Jesus este prêmio: "Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso" (Lc 23, 43).

Jesus torna solene a primeira canonização da história: "Em verdade..."

A promessa é categórica até quanto à data: hoje. São Cipriano e Santo Agostinho chegam a afirmar ter recebido o bom ladrão a palma do martírio, pelo fato de, por livre e espontânea vontade, haver confessado publicamente a Nosso Senhor Jesus Cristo.

Terceira Palavra: "Junto à Cruz de Jesus estavam de pé sua Mãe, a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cleófas, e Maria Madalena. Quando Jesus viu sua Mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: "Mulher, eis aí teu filho". Depois disse ao discípulo: "Eis aí tua Mãe". E dessa hora em diante o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 25-27)

Com essas palavras, Jesus finaliza sua comunicação oficial com os homens antes da morte (as quatro outras serão de sua intimidade com Deus). Quem as ouve são Maria Madalena, representando a via da penitência; Maria, mulher de Cleófas, a dos que vão progredindo na vida espiritual; Maria Santíssima e São João, a da perfeição.

Consideremos um breve comentário de Santo Ambrósio sobre este trecho: "São João escreveu o que os outros calaram: (pouco depois de) conceder o reino dos céus ao bom ladrão, Jesus, cravado na Cruz, considerado vencedor da morte, chamou sua Mãe e tributou a Ela a reverência de seu amor filial. E, se perdoar o ladrão é um ato de piedade, muito mais é homenagear a Mãe com tanto carinho ... Cristo, do alto da cruz, fazia seu testamento, distribuindo entre sua Mãe e seu discípulo os deveres de seu carinho" (in S. Tomás de Aquino, Catena Aurea).

É arrebatador constatar como Jesus numa atitude de grandioso afeto e nobreza, encerrou oficialmente seu relacionamento com a humanidade na qual se encarnara para redimí-la. Do auge da dor, expressou o carinho de um Deus por sua Mãe Santíssima, e concedeu o prêmio para o discípulo que abandonara seus próprios pais para segui-Lo: o cêntuplo nesta terra (Mt 19, 29).

É perfeita e exemplar a presteza com que São João assume a herança deixada pelo Divino Mestre:"E dessa hora em diante, o discípulo a levou para a sua casa" (Jo 19, 27). São João desce do Calvário protegendo, mas sobretudo protegido pela Rainha do céu e da terra. É o prêmio de quem procura adorar Jesus no extremo de seu martírio.

Quarta Palavra: "Meu Deus, meu Deus, por que Me abandonaste? (Mt 27, 45)

Jesus clama em alta voz. Seu brado fende não somente os ares daquele instante, mas os céus da história. Nossos ouvidos são duros, era indispensável falar com força. Jesus não profere uma queixa, nem faz uma acusação. Deseja, por amor a nós, fazer-nos entender a terrível atrocidade de seus tormentos. Assim mais facilmente adquiriremos clara noção de quanto pesa nossos pecados e de quanto devemos ser agradecidos pela Redenção.

Como entender esse abandono? Não rompeu-se - e é impossível - a união natural e eterna entre as pessoas do Pai e do Filho. Nem sequer separaram-se as naturezas humana e divina. Jamais se interrompeu a união entre a graça e a vontade de Jesus. Tampouco perdeu sua alma a visão beatífica.

Perdeu Jesus, sito sim, e temporariamente, a união de proteção à qual Ele faz menção no Evangelho: "Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho" (Jo, 8, 29). O Pai bem poderia protegê-Lo nessa hora (cfr. Mc 14, 36; Mt 26, 53; Lc 22, 43). O próprio Filho poderia proteger seu Corpo (Jo 10, 18; 18, 6), ou conferir-lhe o dom de incorruptibilidade e de impassibilidade, uma vez que sua alma estava na visão beatífica.

Mas assim determinou a Santíssima Trindade: a debilidade da natureza humana em Jesus deveria prevalecer por um certo período, a fim de que se cumprisse o que estava escrito. Por isso Jesus não se dirige ao Pai como em geral procedia, mas usa da invocação "meu Deus".

A ordem do universo criado é coesa com a ordem moral. Ambas procedem de uma mesma e única causa. Se a primeira não se levanta para se vingar daqueles que dilaceram os princípios morais por meio de seus pecados, é porque Deus lhe retém o ímpeto natural.

Se assim não fosse, os céus, os mares e os ventos se ergueriam contra toda e qualquer ofensa feita a Deus. Mas como frear a natureza diante do deicídio? Por isso, na hora daquele crime supremo,"cobriu-se toda a terra de trevas" ... (Mt 27, 45).

Quinta Palavra: "Tenho SEDE." (Jo 19, 28)

Assinala o evangelista que Jesus dissera tais palavras por saber"que tudo estava consumado, para se cumprir plenamente a Escritura". Vendo um vaso cheio de vinagre que havia por ali, os soldados embeberam uma esponja, "e fixando-a numa vara de hissopo, chegaram-lhe à boca" (Jo 19, 28-29).

Cumpria-se assim o versículo 22 do salmo 68: "Puseram fel no meu alimento; na minha sede deram-me vinagre para beber."

Qual a razão mais profunda desse episódio? É um verdadeiro mistério.

Jesus derramara boa quantidade de seu preciosíssimo Sangue durante a flagelação. As chagas em via de cicatrização, foram reabertas ao longo do caminho e ainda mais quando Lhe arrancaram as roupas para crucificá-Lo. O pouco sangue que Lhe restava escorria pelo sagrado lenho. 

Por isso, a sede tornou-se ardentíssima. Além desse sentido físico, a sede de Jesus significava algo mais: o Divino Redentor tinha sede da glória de Deus e da salvação das almas.

E o que lhe oferecem? Um soldado lhe apresenta, na ponta de uma vara, uma esponja empapada de vinagre. Era a bebida dos condenados.

Podemos de alguma maneira aliviar pelo menos esse tormento de Jesus? Sim! Antes de tudo, compadecendo-nos d'Ele com amor e verdadeira piedade, e apresentando-Lhe um coração arrependido e humilhado.

Devemos querer ter parte nessa sede de Cristo, almejando acima de tudo à nossa própria santificação, com redobrado esforço, de modo a não pensar, desejar ou praticar algo que a Ele nos conduza. 

Para Ele será água fresca e cristalina nossa fuga vigilante das ocasiões próximas de pecado. Compadeçamo-nos também dos que vivem no pecado ou nele caem, e trabalhemos por sua salvação. Em suma, apliquemo-nos com ânimo na tarefa de apressar o triunfo do Imaculado Coração de Maria.

O Salvador clama a nós do alto da cruz que defendamos, mais ainda que o bom ladrão, a honra de Deus, procurando conduzir a opinião pública para a verdadeira Igreja. É nosso dever buscar entusiasmadamente a glória de Cristo, "que nos amou e por nós se entregou a Deus como oferenda e sacrifício de agradável odor." (Ef 5, 2).

Sexta Palavra: "Tudo está consumado" (Jo 19, 30)

A Sagrada Paixão terminara e, com ela, a pregação. Todas as profecias haviam se cumprido, conforme interpreta Santo Agostinho: a concepção virginal (Is 7, 14); o nascimento em Belém (Mq 5, 1); a adoração dos Reis (Sl 71, 10); a pregação e os milagres (Is 61, 1; 35, 5-6); a gloriosa entrada em Jerusalém no dia de Ramos (Zc 9, 9) e toda a Paixão (Isaías e Jeremias).

Na Cruz foi vencida a guerra contra o demônio: "Agora é o juízo deste mundo; agora será lançado fora o príncipe deste mundo" (Jo 12, 31). No paraíso terrestre, o demônio adquirira de modo fraudulento a posse deste mundo, com o pecado de nossos primeiros pais. Jesus a recuperou como legítimo herdeiro.

Consumado também estava o edifício da Igreja. Este iniciou-se com o batismo no Jordão, onde foi ouvida a voz do Pai indicando seu Filho muito amado, e se concluiu na cruz, na qual Jesus comprou todas as graças que serão distribuídas até o fim do mundo através dos sacramentos.

Para que o preciosíssimo Sangue Do Salvador ponha fim ao império do demônio em nossas almas é preciso que crucifiquemos nossa carne com seus caprichos e delírios, combatendo também o respeito humano e a soberba. Jesus nos abriu um caminho que, aliás, todos os santos trilharam.

Sétima Palavra: "Pai, nas tuas mãos, entrego o meu espírito" (Lc 23, 46)

Estabeleceu-se na Igreja, desde os primórdios, o costume de encomendar as almas dos fiéis defuntos, a fim de que a luz perpétua os ilumine.

Jesus, porém, não tinha necessidade de encomendar sua alma ao Pai, pois ela havia sido criada no pleno gozo da visão beatífica. Desde o primeiro instante de sua existência, encontrava-se unida à natureza divina na pessoa do Verbo. Portanto, ao abandonar o corpo sagrado, sairia vitoriosa e triunfante. "Meu espírito", e não alma, provavelmente aqui significaria a vida corporal de Jesus.

Mas, Jesus aguardava sua ressurreição para logo. Ao entregar ao Pai a vida que d'Ele recebera, sabia que ela Lhe seria restituída no tempo devido.

Com reverência tomou o Pai Eterno em suas mãos a vida de seu Filho unigênito, e com infinito comprazimento a devolveu, no ato da ressurreição, a um corpo imortal, impassível e glorioso. Abriu-se, assim, o caminho para a nossa ressurreição, ficando-nos a lição de que ela não pode ser atingida senão pelo calvário e pela cruz.


AVE CRUX, SPES ÚNICA.


Mons. João Cla Dias, EP - 2012/04/01
Revista Arautos do Evangelho, Março/2002, n. 3, p. 13 à 17


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